Produções do Grupo

PRODUÇÕES 2014

II WORKSHOP PIBID - PEDAGOGIA (29/11/2014)












Umas das oficinas desenvolvidas foi inventando histórias utilizando recursos tecnológicos (lousa digital)
E a história inventada pelo grupo que participou da oficina foi:











As autoras do texto são:




ESTUDO E SOCIALIZAÇÃO DE TEXTOS DE MANEIRAS DIFERENTES....


TEXTO I

Letramento: Um tema em três gêneros (magda Soares)

































                                                                                                                    (Bolsista Raquel)












                         RECEITA DA COZINHA DA UNESC

                          PROFESSOR A PORTUGUESA

Ingredientes:

2 xícaras bem cheias de pesquisas com os alunos.
1 litro de objeto de ensino que desejar.
1 colher de chá de falar.
1 colher de chá de ouvir.
1 colher de chá de ler.
1 colher de chá de escrever.
1 copo de gramática.

Modo de preparo:


Observar os alunos durante um período em que se possa obter objetivos para aplicação do objeto de estudo, colocar em mentes quentes juntamente com com uma colher de chá de falar, ouvir, ler e escrever para desenvolver as competências de alfabetização e letramento, e finalizando com um copo de gramática para concluir o processo. Sirva durante duzentos dias por ano sendo quatro horas por dia e bom trabalho.

                                                                                                      (Bolsista Dorilda)


BULA - TEXTO: “LETRAMENTO EM VERBETE: O QUE É LETRAMENTO”
PRINCÍPIO ATIVO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO ORAL E FÍSICO
COMPOSIÇÃO:
 Cada dose contém:
Leitura....................................................100%
Escrita.....................................................100%
Interação................................................100%
Compreensão.........................................100%
Atenção..................................................100%
Diálogo...................................................100%
Interesse................................................100%
INDICAÇÕES

Letramento em verbete. Princípio ativo: Alfabetização e Letramento: é indicado a todas as instituições para que os professores (as) façam com que a alfabetização e letramento aconteçam de maneira significativa. O professor deve ensinar o letramento sob “uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita”, a alfabetização também dever ser pensada da mesma forma, pois, não adianta ser alfabetizado e não ser letrado.  Por isso o ensino deve ser planejado com clareza do objetivo que se propõe; utilizar estratégias de provocação que oportunizem que os sujeitos mobilizem seu conhecimento prévio para ir além dele.

CONTRA INDICAÇÕES
Letramento em verbete. Princípio ativo: Alfabetização e Letramento Não são indicados para professores (as) que queiram apenas alfabetizar seus alunos e não letrar, onde simplesmente aplica-se a regrinha do B+A= BA. Esta proposta não possuí o objetivo de tornar um ser Letrado, já que “ Alfabetizado nomeia aquele que apenas aprendeu a ler e a escrever, não aquele que se apropriou da leitura e da escrita, incorporando as práticas sociais que as demandam”. E se algum componente da fórmula lhe causar algum efeito colateral sugerimos, que procure outro curso.

REAÇÕES ADVERSAS OU SUPERDOSAGEM
Caso aconteça apenas a Alfabetização em excesso sem o objetivo de letramento aquele que está sendo ensinado não poderá “exercer em toda a sua plenitude os seus direitos de cidadão” e será marginalizado pela sociedade, pois, “não tem acesso aos bens culturais das sociedades letradas”.
DOSAGEM
O uso deve ser contínuo, com doses semanais.
COMO USAR
Seu uso deve ser freqüente com muita leitura e escrita, utilizando-se de diferentes gêneros textuais como: prosas, editoriais, reportagens, poemas entre outros, assim ocorrerá uma real compreensão e apropriação das práticas sociais de leitura e escrita. O professor precisa desenvolver estratégias para que todos aprendam a se expressar, argumentar e debater.
ESTUDOS CLÍNICOS
Estudos clínicos e institucionais comprovam que letramento não é um gancho em que se pendura cada enunciado, não é treinamento repetitivo de uma habilidade, nem um martelo quebrando blocos de gramática.
AÇÃO DO MEDICAMENTO
Tem ação na vida como um todo, Agindo de maneira construtiva e crítica. Todos se sentem confrontados e necessitados de: ler histórias que levam a lugares desconhecidos, sem que, para isso seja necessário sair da cama. O medicamento se usado de maneira que, leve os sujeitos a apropriar-se da leitura e da escrita fazendo-os refletir/pensar/interagir sobre as práticas sociais, ele terá efeito rápido. Logo após sua administração seu efeito permanecerá ativo conforme o uso.

CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO
Evitar o abandono do tratamento, conservar e manter em todos os lugares.

SE OS SINTOMAS PERSISTIREM PROCURAR UM COORDENADOR E REALIZE MAIS LEITURAS SOBRE O TEMA! 
                                                                                                (Bolsista - Adriana)

TEXTO II

Em busca da pedagogia da infância: pertencer e participar (Morchida Kishimoto; Julia Oliveira Formosinho)













                                                                                                                     (Bolsista Vanderléia)





Um ser...

Enquanto brinco...
Aprendo
Construo
Elaboro
Reconstruo
Reaprendo...

Enquanto isso
Não te isolo,
Encontro-te
E no encontro
Eu te ensino
E tu me ensinas
A aprender.

Na infância
Me preocupo
Em viver
Em brincar
Em ser
Quem eu já sou...

E brincando
Aprendo a ser criança
Criança que lê
Que escreve
Que diz
Mesmo sem dizer
Que lê mesmo sem ler.


 



E assim vou crescendo
E aprendendo
E desaprendendo
E reaprendendo...

Na vida de uma criança
Tudo é simples
É real
E a infância
Torna-se a maior escola
Onde crio
Me envolvo
Destruo
Mas reconstruo.

E a cada dia
É um aprender sem fim.

(Bolsista: Giovana )



Os grupos da Alfabetização/Letramento e Educação Infantil realizarão um estudo referente ao texto do Nóvoa "Professores Imagens do Futuro Presente" e assim preparam uma apresentação para o grande grupo.






Apresentação do  grupo Alfabetização e Letramento no congresso IBERO-AMERICANO na UNESC




Oficina Itajaí- movimentando o corpo na educação infantil
Oficineiras: Adriana, Andréia, Andresa, Claudia, Dorilda, Keli, Maristela e Vânia.
Supervisora: Gislene Camargo
Roteiro:
1-Vânia e Maristela- música: grupo por do sol- roteiro das águas
 Recepção / acolhida: 30 min.
Porta com fitas, ao entrar os participantes irão receber uma fita mágica.

2- Claudia- apresentação de Power point- 10 min.

3- Andréia- todas participam juntas- 20 min.
Apresentação dos nomes com as vogais a-e-i-o-u, feitas com as mãos e os braços.
Pedir para alguns dos participantes se apresentarem.
a-    Braços abertos, e – braços cruzados no peito, i- um braço para cima e o outro braço para baixo.

4- Dorilda- Maristela-Vânia- caixa do instrumento -15 min.
Musica: algo estranho no museu- Teca Alencar
Vamos descobrir quais os instrumentos?

5- Claudia e Dorilda- música - bate o majolo – brincadeiras cantadas pra lá e pra cá-
 20 min.
Vamos colocar uma moeda na mão da participante, e a moeda tem que ir passando um por um enquanto a musica toca, ao comando para de cantar e para fechar a mão, e pergunta para alguma das participantes: onde está à moeda e ela terá que adivinhar onde foi parar a moeda se o participante errar paga prenda.

6-Andresa e Andréia- castelo encantado- músicas da sinfonia de Bach- 20 min.
Portas: bailarina, risada, sapo, pássaros, cobra, grito, valsa-príncipe e princesa, rei e rainha.

Intervalo- 30 min.

7- Adriana e Claudia – história maluca- Téca Alencar de brito15 min.
 A- será entregue folhas para cada enquanto a história toca todos terão que desenhar o que imaginarem ao ouvir a história. Após deverão compartilhar os desenhos e ver o que tem em comum. Após deverão dar um nome ao seu desenho tentando acertar o nome da música. Por fim será revelado o nome da música.
 b- desenho coletivo: será entregue outra folha onde será colocado o nome do participante, após o comando pode começar o desenho, ao bater palma passa para o próximo e assim sucessivamente. Termina quando chegar o seu desenho em sua mão terá então um desenho coletivo.

8- Dorilda e Kelly- criar coreografia: 30 min. música indiana- aaja nachle
A ideia e colocar uma música que ninguém tenha ideia do que esta dizendo e criar uma coreografia,
Será feito grupos de seis pessoas, cada grupo terá que criar a sua coreografia, 5 min. Após
 Os grupos irão apresentar para todos a as coreografias criadas.

9- Andréia e Vânia- música áfrica- palavra cantada15 min.
Atividade: roda africana- nas palmas: abre fecha, abre fecha, abre fecha, o mesmo, mas nas pernas dos colegas, e a outra sequência, coxa palma, coxa palma, coxa palma.

10- Maristela e Vânia- música voa pluminha – posso falar- 10 min.
Atividade do balão- para dar uma relaxada.

 11- Keli e Dorilda - caixa de brinquedo
Passam à caixa do brinquedo, todos pegam um brinquedo e cada um faz um relato do que esse brinquedo te lembra.

12-Adriana e Andréia:
Quadrilha do quadrado: música do quadrado, palavra cantada.

Grande final- em roda: carro velho






 CONSIDERAÇÕES DO TEXTO:  
"FORMAÇÃO DE PROFESSORES  E PROFISSÃO DOCENTE" - ANTÓNIO NÓVOA 

Vivemos em um país capitalista onde o poder determina a formação dos cidadãos. Este poder está arraigado em nossas raízes culturais desde o período colonial, cujo objetivo do ensino era a mera reprodução social. Por conta disso a formação dos professores era fragmentada, e até hoje reflete nas instituições de ensino.
De acordo com Nóvoa “a formação dos professores pode desempenhar um papel importante na configuração de uma “nova” profissionalidade docente, estimulando a emergência de uma cultura profissional no seio do professorado e de uma cultura organizacional no seio da escola”. Está cultura da escola vai sendo moldada no dia-a-dia, e está não ocorre sem conflitos, diferenças. Desta maneira os traços culturais da escola irá se refletir nas reuniões, normas, relações pessoais alunos/professor/pais e nas metodologias.

No entanto esta formação não pode ser construída pelo acumulo de conhecimentos ou anos de carreira, mas na reflexão da prática. Assim Nóvoa nos diz que “[...] importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas na implementação das políticas educativas”. Logo compreendesse que a formação docente é um processo contínuo. (Bolsista Raquel)


Estamos inseridos em uma sociedade capitalista onde o governo age para benefício próprio e ainda manipula os professores. Os professores não são valorizados pelo governo, ele até elogia mas não dá condições a eles. Não é de hoje que professores enfrentam essas desvalorizações, mas cabe aos professores buscar novos conhecimentos para que eles possam mudar isso, segundo Nóvoa "a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou técnicas, mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal". Ninguém nasce professor nós nos construímos professores. (Bolsista Adriana)



O português Antônio Nóvoa no texto Formação de Professores e Profissão Docente, traz a discussão a qualificação profissional e a preocupação com a iniciação a docência. Nóvoa mostra o professor não só como uma pessoa que ocupa uma profissão como algo mecânico, mas também leva para escola o seu pessoal, sua bagagem de vida, sentimentos, anseios  e  sonhos. Ele  reflete a sua prática pedagógica, busca ser agente transformador da educação e para isso vai atrás  de qualificação e formação continuada. Como diz Nóvoa “professores produtores de sua profissão”. (Bolsista Andréia)



Através do texto “Formação de Professores e a Profissão Docente” de Antônio Novóa é possível compreender que ele quer nos falar da profissão e vida dos professores de Portugal. É uma pesquisa que vem nos mostrar novas perspectivas para esta compreensão, que pode ser aplicada aqui no Brasil também. Um texto que revela uma discussão bem forte, a respeito da profissão docente e da formação dos supervisores escolares. Ser professor é compreender os sentimentos da instituição escolar, é integrar sua profissão aprendendo a compartilhar informações com os colegas mais experientes. O texto também se refere a uma desvalorização dos profissionais de Portugal o qual não se diferencia muito do Brasil, professores mal pagos, sem plano de carreira, sem salas de aula, sem salários dignos, entre outros, uma carência que varia de estado para estado, e que muitas vezes ocorre devido a falta de uma boa gestão e supervisão da própria população. (Bolsista Morgana)



No texto, Nóvoa cita uma frase de Jennifer Nias (1991) que diz: “O professor é a pessoa. E uma parte da pessoa é o professor”. Em outras palavras, esta frase quer dizer que antes do professor existe uma pessoa com uma história de vida, e os espaços de formação desses profissionais precisam valorizar essa pessoa, integrando a dimensão pessoal e profissional. Sendo que, ao aprender, o sujeito está construindo a sua identidade, que, como afirma Nóvoa, também é uma identidade profissional. (Bolsista Renata)



Vivemos num mundo globalizado, onde as pessoas buscam sua sobrevivência e ao mesmo tempo vão em busca de sua identidade, pois na maioria das vezes o ser humano em si procura encontrar um significado para tudo que vê e idealiza. Os dramas da miséria, da fome, dos maus tratos, da gravidez precoce ou do consumo de drogas, entre tantos outros, impossibilitam um projeto educativo coerente. Mas assumir essas tarefas, provisoriamente, como regra não é a mesma coisa do que defini-las como missões necessárias, e isto tem sido o erro maior da escola. Nóvoa quebra a ideia de que para ensinar bem é preciso ter vocação. O aprender contínuo é essencial e esse é o desafio, é se manter atualizado sobre as novas metodologias de ensino e desenvolver práticas pedagógicas eficientes. Sem separar a teoria da prática. A busca isolada pela atualização é muito difícil, e não é segura e aconselhável. (Bolsista Dorilda)

Nóvoa trás em seu texto novas abordagens para a formação dos professores, uma esperança centrada no profissional docente. A visão do autor para a necessidade do profissional docente está na sua reflexão da prática, a fim de revelar uma expectativa de profissionais produtores de saber e de saber fazer. António Nóvoa ressalta a importância da autonomia do professor em suas práticas e a reflexão crítica sobre seu trabalho, que vai (re) construindo sua identidade como pessoa e profissional, dando assim um saber a experiência. Segundo o autor a formação do professor se faz com a mudança, e essa luta trás transformações para o docente e para a escola, que deve estar em formação num processo contínuo, integrado no dia-a-dia. ( Bolsista Vanila)



PRODUÇÕES 2012/2013

1-Título: Alfabetização por meio de contação de história.

2-Objetivos:
Recontar partes da história;
Compreender a função do gênero textual resumo;
Identificar letras quanto ao som e grafia.

 3-Metodologia: Contação de história, discussão, contextualização do resumo da história; identificação e registro das palavras; transcrição das palavras encontradas no texto. 

4-Cronograma do dia 06/05/2013:
Das 15h00min ás 15h20min: contação da história “A casa assombrada”.
Das 15h20min às 15h40min: jantar.
Das 15h40min às 16h20min: discussão e contextualização do resumo da história.
Das 16h20min às 16h40min: Identificação e registro das palavras que continham a letra f, a mesma letra inicial da palavra formiga, personagem principal da história.
Das 16h40min às 16h50min: transcrição das palavras encontradas para o caderno.

5-Materiais: Livro “A casa assombrada” da coleção “Eu gosto mais de leitura” de Edy Lima, 2011.

6-Resultados alcançados: As crianças recontaram partes da história, identificaram as letras conforme orientação da acadêmica bolsista e construíram conceitos significativos com a ajuda da acadêmica bolsista, a cerca do gênero resumo.

1- TÍTULO: Atividade a partir da música: A Casa (Vinícius de Morais)

2- Objetivos:
 Identificar letras e sílabas a partir da letra da música;
Compreender que as palavras são construídas por unidades menores;
3- Metodologia: Apresentação da música, leitura e contextualização da letra, identificação e registro de palavras.
4- Progressos:
As crianças cantaram, participaram das atividades propostas, identificaram sílabas e palavras.
5- Entraves: Muita conversa paralela.  Turma muito agitada, final de tarde com turma integral, as crianças já estavam cansadas.
6- Cronograma: Duas aulas de 40min. Com o grande grupo (turma do 1º ano).


1-Título: Atividade de recorte e colagem a partir do texto de uma tirinha
2-Objetivos:
 Recontar o texto da tirinha a partir da leitura da acadêmica
Identificar a idéia principal do texto
Identificar as palavras que compõe texto
Identificar, recortar e colar as letras que formam as palavras do texto
Perceber que as palavras são construídas por unidades menores
Identificar o som das letras e sílabas;
3-Progressos: A criança foi atenciosa e não se negou a fazer a atividade, geralmente tenta adivinhar o que está escrito e, consequentemente erra. Mas quando questionada, lê silabicamente e geralmente acerta.
4- Entraves: Pouco tempo para desenvolvimento do trabalho. Cronograma: Das 13h00min às 14h30min. Atividade individual com aluna do segundo ano.

1-Título: Resumo de filme 
2-Objetivos:
Ter contato com a escrita por meio de um texto significativo;
Comparar letras e sílabas;
Identificar o som das letras e sílabas;
Escrever palavras a partir de outras com as mesmas letras iniciais.
3-Metodologia: Atividade escrita a partir de resumo do filme “Barbie e a Princesa Pop Star”. Escrita de palavras do resumo, ditadas pela acadêmica, em um primeiro momento sem intervenção e em um segundo momento as mesmas palavras, mas com intervenção (ajuda) da acadêmica. Escrita de palavras com terminações diferentes das palavras iniciais.
4-Progresso: Quando é lido silabicamente para a aluna ela geralmente consegue escrever as palavras de sílabas mais simples. Com intervenção ela geralmente oferece uma boa resposta e um resultado satisfatório, mas sozinha ela não consegue produzir muita coisa, visto que não consegue se concentrar. 
5-Entraves:
6-Cronograma: Das 13h00min as 14h30min. Atividade individual com aluna do segundo ano. 

                          Algumas considerações finais:
  No grande grupo, uma das dificuldades encontradas por esta bolsista foi o fato das atividades se darem no final da tarde, como a turma era integral as crianças já estavam cansadas e faziam as atividades com pouco entusiasmo, talvez por que também elas não estavam habituadas a fazer atividades neste horário, visto que no final da tarde geralmente elas participavam de recreações dentro e fora da sala, portanto elas acabavam saindo da rotina e isso gerava uma certa confusão. 
Quanto ao trabalho individual com a aluna do segundo ano uma das dificuldades de se desenvolver um trabalho contínuo foi a falta de tempo, visto que os encontros se davam uma vez por semana e por um curto período de tempo. Aliado a esse fato podemos citar que dois encontros a aluna não estava presente em sala de aula e em um encontro foi a bolsista que não pode participar e, portanto, não foi possível fazer as atividades planejadas. Quanto ao progresso desta aluna pouco se pode falar visto que foram poucos os encontros, mas o que se percebeu foi que a aluna é muito individualista, não gosta de mais colegas participando das atividades com ela. Quando sozinha ela não negava fazer as atividades, mas quando acompanhada, geralmente não participava ou não acompanhava os demais. A aluna é ainda muito inquieta e exige que seja acompanhada nas atividades, não é possível deixá-la fazer as atividades sozinha, pois desta forma ela abandona as tarefas e se distrai com outra coisa. A aluna precisa de acompanhamento de incentivo durante suas produções, ela é muito dependente de um adulto para lhe motivar. A aluna tem dificuldades para ler sílabas complexas e algumas simples, mas sua dificuldade é maior para juntar as sílabas. Sua dificuldade de concentração fica mais evidente quando ela lê as sílabas, mas não consegue juntá-las na hora de ler palavras. 
Foi possível perceber também que a aluna é muito inteligente, mas que diferente da maioria das crianças da sua idade, ela exige um acompanhamento mais individual, provavelmente com um acompanhamento em longo prazo, as chances de se obter bons resultados são maiores. Infelizmente a realidade da escola pública não dá conta deste tipo de necessidade, portanto fica difícil para crianças como esta aluna, de se apropriarem e dominarem o código escrito. 
Ainda falando em dificuldades, não dá para deixar de falar na falta de experiência desta bolsista em sala de aula, esta talvez tenha sido a maior das dificuldades ou entraves, afinal é fácil achar um culpado pelas dificuldades encontradas, difícil é admitir que este culpado possa ser você mesmo, com sua falta de prática, e falta de habilidade na hora de colocar a teoria em prática. 



Izabel e Simone

Título: Pare e pense

Objetivo:
Compreender a importância do silêncio para a escrita;
Desenvolver a concentração;

Metodologia
Ouvir e ler letra de música;
Construção de texto coletivo;
Desenho;

Cronograma:
23-04-2013 A atividade será iniciada com a discussão sobre o que é música, em seguida trabalhar com a música “Filhote do filhote” do grupo Carrossel, utilizando o notebook, inicialmente colocar a música para as crianças somente ouvirem e depois apresentar o vídeo. Comentar sobre a música apresentada, que será trabalhada na próxima aula. Após as crianças desenharão o significado de música, o que a música representa para eles.

30-04-2013 Continuar trabalhando com a música “filhote do filhote” do grupo Carrossel, e levar novamente para os alunos ouvirem. Será entregue a letra com algumas palavras faltando e os alunos terão que completar a música.

21-05-2013_Será discutido sobre educação ambiental, e construído um texto coletivo, e uma das bolsistas escreverá este texto no quadro, em seguida será feito um ditado em uma folha dobrada com palavras do texto exposto no quadro, para observar a atenção das crianças, se elas percebem ou não que o texto está no quadro. O ditado será recolhido e entregue na próxima aula.

28-05-2013_ As bolsistas entregarão o texto que foi elaborado coletivamente em uma folha, juntamente com o ditado não corrigido. Cada aluno deverá circular no texto entregue as palavras que foram ditadas na aula anterior. Com a identificação das palavras os alunos próprios alunos corrigirão seus ditados, e após desenharão na frente da folha, a história que foi construída pela turma e  que se tornará um livro da história.

5-Materiais: Música “Filhote do filhote” Carrossel, notebook, folha, CD, aparelho de som, lápis de cor.


6-Resultados alcançados: Durante as atividades podemos perceber a capacidade de concentração e atenção que a turma tem, foi bem visível, por meio das falas e das atividades propostas.


ALEXANDRA E SUSEMAR.

Projeto Literatura na Escola

Objetivos: Desenvolver a leitura, produção de texto, e a oralidade.

Metodologia:

Ø  Leitura fluente
Ø  Leitura didática
Ø  Destaque de 4 a 5 palavras motivadoras.
Ø  Reconhecimento das palavras, em novos contextos.
Ø  Sublinhar e identificar palavras selecionadas.
Ø  Formar oralmente novas frases a partir do tema do texto.
Cronograma: 

Leitura do livro “Todas As Cores” de Ney Ribeiro, montagem do jardim, desenho, roda de conversa.27/03/2013 A aula iniciou-se com a história “De Todas As Cores”de Ney Ribeiro, utilizando-se da metodologia de contação de história por meio de fantoche de palitos ou palitoches.  Ditado da Emília Ferreiro.03/04/2013Atividade referente a história De Todas as Cores, foram distribuído folhas com atividades impressas, para que os alunos apontassem e circulassem as palavras que mais lhes chamaram a atenção, e partindo das palavras destacadas foram trabalhadas então, letras, sílabas, vogais consoantes e assim por diante.  10/04/2013Construção de palitoches do Jardim de Juvenal com a turma, e em seguida a turma desenhou o Jardim de Juvenal.

ALFABETIZANDO COM  DIFERENTES GÊNEROS TEXTUAIS 

OBJETIVOS:
·         Conhecer vários tipos de gêneros textuais;
·         Identificar palavras;
·         Reconstruir textos  a partir de outros textos;
·         Reconhecer palavras  semelhantes presentes em dois textos;
METODOLOGIA

1° DIA:  04/2013 Gênero História

 Contar a história do livro “De Todas As Cores”, de Ney Ribeiro , com fantoches de palitos,que será também  distribuído impresso para a turma, para que se aponte e circule palavras , as palavras destacadas serão as que mais chamarem a atenção do grupo, será trabalhado então letra, sílaba, vogal, consoante, etc..., após  pedir para os alunos que represente por meio de desenho o jardim de Juvenal, retratado no texto. 

   2° DIA:   04/2013 Gênero Notícia 

Será disponibilizado aos alunos, um recorte de jornal, com uma notícia de esporte referente a futebol,será feito com o grupo a leitura fluente e leitura didática, após de um texto montar um texto coletivo, com as formas que os alunos forem contando ou montando esta história.   17 /04/2013Foi distribuído aos alunos uma notícia de jornal referente a futebol, com o título “Vitória do Criciúma” foi feita a leitura do texto, em seguida foi construído um texto coletivo com os alunos.        

24/04/2013        

Foi passado o filme  Moda e Magia da Barbie para os alunos, em seguida foi feito um questionário, para que os alunos respondessem oralmente, tipo personagens, meios de transportes, curiosidades, profissões  o que mais lhes chamou a atenção  no filme etc...E partindo das respostas íamos destacando as palavras que mais chamaram a atenção dos alunos no filme, eles iam ditando como se escreviam as palavras e a professora ia escrevendo no quadro para que eles transcrevessem  em seus cadernos, trabalhando assim, letras alfabéticas e construção de palavras, alem de trabalhar a oralidade dos alunos. Palavras que eles destacaram:despedida do emprego, atriz, Paris,magia, fada, brilho, gaiola, Ken, Barbie ,animais.

08/05/2013 Texto: “O menino que não sabia ler”, leitura e indagações a  respeito do texto.

15/05/2013 Montagem de um alfabeto onde os alunos procuravam  e  recortaram as letras de revistas e jornais,foi trabalhado em grupo de quatro alunos, cada grupo ficou com uma letra distinta, colocavam o nome do grupo, contavam quantas letras tinha nos nomes deles igual a letra que eles recortaram, ficou exposto na sala para ser utilizado como acervo, trabalhou números, quantidade, letras e alfabeto. 

Alfabetizando com matemática

Objetivos: 

Ø  Reconhecer a relação entre números e quantidades;
Ø  Escrever os números;
Ø  Nomear os números;
Ø  Seqüenciar números;
Ø  Pintar os números;
Ø  Jogar com números;
Ø  Relacionar quantidade;
Ø  Identificar o que vem antes e depois;
Metodologia:    

Será utilizado primeiramente o livro “OS NÚMEROS” dos filopatas, fantoches de palitos referentes á história, recontagem da história pelos alunos,cartelas de cartolina para confecção do jogo dos pontos, atividades xerocadas.

Cronograma: 1° dia: 22/05/2013 ( 3 aulas de 45 minutos cada) Iniciarei a aula contando a história “OS NÚMEROS”, dos filopatas,após contar-lhes a história darei a eles desenhos referentes a história para que pinte, ato contínuo, será colado em palitos de picolés, e será distribuído aos alunos para que recontem a história por meio de fantoches de palitos, mas que reconte de seu jeito, não precisando seguir a história contada anteriormente, após será dado início a atividade da confecção da cartelas para o jogo dos pontos.Será distribuído cartelas já quadriculadas com 10 quadrados, para que sejam escritas em forma de numerais e por extensos números de 1 á 10, após escreverem pedirei que pintem ou destaquem com lápis de cor, e á seguir será plastificado com papel contact para uma maior durabilidade.

2° dia: 29/05/2013 ( 3 aulas de 45 minutos)Neste dia os alunos que não terminaram a primeira cartela terão a oportunidade de terminar e a seguir será distribuída as cartelas para a colagem das quantidades, que serão representadas por bolinhas coloridas, para facilitar, cada quantidade será de uma cor distinta, feito isto as cartelas também serão plastificadas e recortadas pois estas serão  as peças que farão a parte de desenvolvimento do jogo, as peças móveis.

3° dia:12/06/2013 ( 3 aulas de 45 minutos)Será passado no quadro para os alunos atividades do que vem antes e o que vem depois, de números pré definidos. Ex: o que vem antes do número 6? E depois?  ___6___.

4° dia 18/05/2013Será dado aos alunos uma atividade de sequenciação numérica, onde os alunos deverão acharem um emaranhado de números, a sequência correta de numerais de 1 ao 23.

22/05/2013 Iniciamos a aula contando a história dos números do livro “Os Números” Dos Filopatas”, após foi distribuído as crianças desenhos referentes a história, para  eles pintarem e  em seguida foi feito a construção de fantoche de palitos, foi feito a recontagem da história, agora contada pelos alunos, a história que eles contaram foi muito parecida mas com ordem diferente, foi satisfatório a contação de história pelos alunos, e atingiu o objetivo proposto, trabalhar a percepção em relação a história e a oralidade.

 29/05/2013 Foi relembrado aos alunos a história dos números da aula anterior em seguida foram distribuídas cartelas já quadriculadas com 10 quadrados, para a construção do jogo matemático dos pontos,  os alunos escreveram  em forma de numerais e por extensos números de 1 á 10, após, pintaram e destacaram com lápis de cor, neste dia somente  foi feita a primeira cartela.

05/06/2013 Neste dia os alunos que não terminaram a primeira cartela tiveram a oportunidade de terminar , e foi distribuída a segunda cartela do jogo matemático dos pontos  para a colagem das quantidades, que foram  representadas por bolinhas coloridas, para facilitar, cada quantidade foi  de uma cor distinta, feito isto as cartelas foram  plastificadas e recortadas pois estas serão  as peças que farão a parte de desenvolvimento do jogo, as peças móveis.

12/06/2013 Foi  passado no quadro para os alunos atividades do que vem antes e o que vem depois, de números pré-definidos. Ex: o que vem antes do número 6? E depois?  ___6___.Me  surpreendi pois oralmente acertaram todas, apesar de no caderno ainda se confundirem.19/06/2013Foi dado  aos alunos uma atividade de sequenciação  numérica, onde os alunos deveriam achar num emaranhado de números, a seqüência correta de numerais de 1 ao 23. Na seqüência  que eles tem na parede da sala, eles conseguem falar todos os números, mais como na atividade os números não estavam em uma linha reta, pois iam para a direita para a esquerda para cima para baixo então eles necessitaram de nossa ajuda mas todos conseguiram fazer a atividade.

26/06/2013 Foram feitos os envelopes para que os alunos pudessem guardar os seus jogos dos pontos, e foi feito um momento para eles brincarem com o jogo dos pontos, pois brincando eles tiveram a oportunidade de aprender de forma prazerosa,eles acharam o máximo brincar com o brinquedo que eles próprios confeccionaram.
Cronograma:          
03/07/2013 – RECESSO        
10/07/2013 – ATIVIDADE COM O NOME DA TURMA      
17/07/2013 – TRABALHADO COM O NOME
 24/07/2013– ESTUDOS 

Título: Pare e pense

Objetivo:
Compreender a importância do silêncio para a escrita;
Desenvolver a concentração;

Metodologia
Ouvir e ler letra de música;
Construção de texto coletivo;
Desenho;

Cronograma:
23-04-2013 A atividade será iniciada com a discussão sobre o que é música, em seguida trabalhar com a música “Filhote do filhote” do grupo Carrossel, utilizando o notebook, inicialmente colocar a música para as crianças somente ouvirem e depois apresentar o vídeo. Comentar sobre a música apresentada, que será trabalhada na próxima aula. Após as crianças desenharão o significado de música, o que a música representa para eles.
30-04-2013 Continuar trabalhando com a música “filhote do filhote” do grupo Carrossel, e levar novamente para os alunos ouvirem. Será entregue a letra com algumas palavras faltando e os alunos terão que completar a música.
21-05-2013_Será discutido sobre educação ambiental, e construído um texto coletivo, e uma das bolsistas escreverá este texto no quadro, em seguida será feito um ditado em uma folha dobrada com palavras do texto exposto no quadro, para observar a atenção das crianças, se elas percebem ou não que o texto está no quadro. O ditado será recolhido e entregue na próxima aula.
28-05-2013_ As bolsistas entregarão o texto que foi elaborado coletivamente em uma folha, juntamente com o ditado não corrigido. Cada aluno deverá circular no texto entregue as palavras que foram ditadas na aula anterior. Com a identificação das palavras os alunos próprios alunos corrigirão seus ditados, e após desenharão na frente da folha, a história que foi construída pela turma e que se tornará um livro da história.

5-Materiais: Música “Filhote do filhote” Carrossel, notebook, folha, CD, aparelho de som, lápis de cor.

6-Resultados alcançados: Durante as atividades podemos perceber a capacidade de concentração e atenção que a turma tem, foi bem visível, por meio das falas e das atividades propostas.

7- Produtos gerados: livro com a história coletiva e registro para o blog











Bolsista: Andreza Resende

Plano de aula para 06/05/2013

1-Título: Alfabetização por meio de contação de história.

2-Objetivos:
Recontar partes da história;
Compreender a função do gênero textual resumo;
Identificar letras quanto ao som e grafia.

 3-Metodologia: Contação de história, discussão, contextualização do resumo da história; identificação e registro das palavras; transcrição das palavras encontradas no texto. 

4-Cronograma do dia 06/05/2013:
Das 15h00min ás 15h20min: contação da história “A casa assombrada”.
Das 15h20min às 15h40min: jantar.
Das 15h40min às 16h20min: discussão e contextualização do resumo da história.
Das 16h20min às 16h40min: Identificação e registro das palavras que continham a letra f, a mesma letra inicial da palavra formiga, personagem principal da história.
Das 16h40min às 16h50min: transcrição das palavras encontradas para o caderno.

5-Materiais: Livro “A casa assombrada” da coleção “Eu gosto mais de leitura” de Edy Lima, 2011.

6-Resultados alcançados: As crianças recontaram partes da história, identificaram as letras conforme orientação da acadêmica bolsista e construíram conceitos significativos com a ajuda da acadêmica bolsista, a cerca do gênero resumo.

7-Produtos gerados: Registro para o blog.


UNESC - PIBID
Acadêmicas estagiárias: Claudia Milanez Sachet – Mª Helena Alixandre Raiciki – Taís Quintino
Título:
Alfabetizar utilizando o gênero musical.
Objetivos:
·         Desenvolver o raciocínio e a atenção da turma;
·         Vivenciar momentos de descontração, alegria e aprendizado.
·         Analisar criticamente as letras das músicas;
·         Pesquisar as palavras que a compõem;
·         Ampliar o vocabulário.
·         Desenvolver a criatividade.

Metodologia/ cronograma:

12/04/2013:

Apresentar em uma folha impressa a letra da música “Sol Lua Estrela” do grupo musical Palavra Cantada, instigando a curiosidade na turma. Em seguida as integrantes do PIBID cantarão a canção para as crianças, mostrando o ritmo, para que elas acompanhem. Escreveremos a musica no quadro para aqueles que não conseguirem acompanhar no caderno. Iremos propor que cada um identifique na canção as letras do seu nome e pinte-as. A música entregue estará sem ilustração, cada um devera fazer um desenho que descreva o que compreenderam.

19/04/2013:

Iniciar a aula retomando o que foi discutido na semana anterior, a partir desse ponto, por meio de uma atividade estaremos ilustrando a primeira pagina de um livro musical. Este livro estará sendo construído durante todo o trimestre. Nesta página os alunos ilustrarão a canção “Sol Lua Estrela” em que completarão as palavras relacionadas com a letra da música, utilizando-se da pesquisa.

03/05/2013:

Iniciar a aula ouvindo a música “Be-a-bá” do cd “Canção dos direitos da Criança”, do cantor Toquinho, sentados em roda no pátio da escola. Em seguida será aberta uma pequena discussão a respeito do que compreenderam da música, destacando a associação do alfabeto com a música. Após propor uma atividade de ilustração, onde cada criança irá escolher uma letra do alfabeto e desenhar algo que comece com a letra escolhida.

17/05/2013:

Iniciar a aula cantando a música “Be-a-bá”, do Toquinho para que a turma retome o conteúdo já discutido na aula anterior. Em seguida construir juntamente com a turma um acervo de palavras, com significados e figuras. As palavras serão fixadas na sala para que turma tenha sempre onde consultar aquilo que já conhecem.    










Tema:

Um, dois, três: é hora de matemática.


Problematização:

Como alfabetizar e letrar por meio da matemática? 


Justificativa:

 Por meio das avaliações realizadas na escola Acácio Vilain, situada no bairro Montevidéo, na turma do 1º ano, cuja professora titular chama-se Zanandria, percebemos a necessidade de implementar a matemática na sala de aula, porém, a implementação dessa dar-se-á não somente a partir da alfabetização, como também do letramento; sendo que estes devem ser indissociáveis quando espera-se o melhor resultado. Segundo Soares ( 2009, p.39-40)  

alfabetizado é aquele que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita.

Nessa perspectiva é importante alfabetizar letrando, focalizando não apenas ao português, mas também as demais áreas de conhecimento, provocando um diálogo entre elas.

Tendo em vista a dificuldade apontada pela professora, desenvolveremos este projeto focalizando a matemática (muitas vezes imperceptível a matemática encontra-se em todos os meios sociais). Trabalhando de modo interdisciplinar, tomando o cuidado para que o ensino de matemática não aconteça de forma mecânica, tornando-a inacessível ao entendimento, sem a contextualização da realidade do educando. Em suma é relevante trabalhar a matemática, assim como todas as demais disciplinas, alfabetizando, letrando, pois o aluno deve apropriar-se dos conceitos matemáticos focalizando para as práticas sociais.


Objetivo geral:

Promover a capacidade crítica e as habilidades de produção espontâneas, procurando avançar em suas hipóteses.


Objetivos específicos:

Ø  Reconhecer a relação entre número e quantidade;

Ø  Classificar os objetos formando conjuntos;

Ø  Identificar as figuras geométricas presentes na escola;

Ø  Relacionar as formas espaciais às planas;

Ø  Identificar os valores das moedas e cédulas do dinheiro brasileiro;


Situações de aprendizagem:


Conteúdo: Números e quantidades

Objetivo específico: Reconhecer a relação entre número e quantidade;

Atividades:

a.Inicialmente apresentar o material dourado a turma, questionando se já conhecem ou não, se sabem como ele é utilizado, a seguir mostrar aos alunos quanto vale cada unidade, dezena e centena, para posteriormente questionar acerca das quantidades;

b. Propor que construam e desconstruam unidades em dezenas, dezenas em unidades, com variadas metodologias.

c. A história “Os números” (quadrinhas dos Filopatas) será contada aos alunos, por meio de teatro de fantoche;

 d. Propor que se dividam em grupos e cada grupo ficará com um número representando uma quantidade, cada grupo fará uma história com o número que lhe foi dado.


Conteúdo: Conjunto

Objetivo: Classificar objetos formando conjuntos;

Atividades:

a. A partir dos conhecimentos que as crianças já possuem à respeito de números, iniciaremos a aula trabalhando com concepção de “conjunto”. Antes de iniciar a atividade, é importante falar da importância dos materiais utilizados que estão sendo reutilizados (a questão da reciclagem);

b. Levar para sala de aula tampinhas de garrafas pet (de anel de alumínio), shampoo, desodorante, sendo que este material pode ser produzido para trabalhar em grupos. Logo após a professora, com os materiais problematizará sobre adição, subtração e divisão. Ex: Formar um conjunto com cinco tampinhas de alumínio e outro com 7 tampinhas de garrafa pet, em seguida questionar qual a quantidade de tampinhas de alumínio terão que ser acrescentados ao conjunto de garrafas pet para igualar os conjuntos de tampinhas de alumínio.

c.  Lembrar que nesta atividade, pode-se trabalhar formas: maior e menor, igual e diferente, vai depender da sua criatividade;


Conteúdo: Formas geométricas;

Objetivo: Identificar as figuras geométricas presentes na escola;

Atividades:

a. Roda de conversa sobre o tema figuras geométricas, levantar os conhecimentos que os alunos possuem a respeito do tema;

b. Construção coletiva dos materiais utilizando E.V.A. correspondentes as figuras geométricas, ex: círculo, quadrado, retângulo, etc.

c. Após a explanação dos nomes das figuras, levar os alunos para um passeio pela escola, para que os mesmos identifiquem as figuras que encontraram.

d. Pedir para que os alunos registrem as figuras que encontraram;

e. Registrar também com máquina fotográfica, imprimir e expor em sala;


Conteúdo: Formas espaciais e planas;

Objetivo: Relacionar as formar espaciais às planas;

Atividades:

a. Contar a história “Formas e cores” dos Filopatas, utilizando o data-show, dialogando com as crianças sobre as formas geométricas presentes no livro;

b. As crianças farão um círculo, a professora mostrará todas os objetos da caixa surpresa, e com a ajuda do kit das formas geométricas planas, as crianças reconhecerão as formas espaciais encontradas nos objetos;

c. Cada criança pegará dois objetos da caixa com formas diferentes e pintarão com tinta guache suas formas, em seguida vão carimbar seus lados em uma folha de papel, logo após vão nomear as formas planas e contá-las, enumerando-as;

d. As crianças acompanhadas pelas professora irão pesquisar em toda a escola, espaços, objetos, e o que tenha forma plana e espacial e levar em forma de escrita ou desenho a sala para em círculo compartilhar com seus colegas;


Conteúdo: Sistema monetário

Objetivo: Identificar valores de cédulas e moedas de valores brasileiros;

Atividades:

a. Os alunos irão ouvir e ler a letra da música “Dinheiro” da Rita Lee, problematizando a importância do dinheiro em nossa sociedade, trazendo um pouco da história do dinheiro. Mostrar o vídeo “história do dinheiro”. Logo após mostrar modelos de notas e moedas de nosso país e de outros países.

b. Os alunos irão pesquisar em grupos valores dos produtos comercializados no mercado. Esta pesquisa será feita por meio de folders, revistas, jornais, etc. após recortarem eles irão montar uma tabela, para comparação dos preços. Será feita uma reta numérica de papel para comparação dos preços;


Recursos:

Ø  Tampas de plástico e alumínio;

Ø  E.V.A. de cores variadas;

Ø  Palitos de picolé;

Ø  Material dourado;

Ø  Folhas A4;

Ø  Folders, revistas, jornais, etc;

Ø  Livros, CDs e DVDs;

Ø  Aparelho de som, aparelho de DVD, notebook;

Ø  Materiais reutilizáveis;

Ø  Máquina fotográfica;

Ø  Cédulas e moedas;

Avaliação:

A avaliação será realizada pela professora regente.


Referências:

BOSSETI, Elizabeth; GOULFIER, Simone. Os números. 2. ed.  São Paulo: Scipione, 1997.

BOSSETI, Elizabeth; GOULFIER, Simone. As formas e as cores. 2. ed.  São Paulo: Scipione, 1997.




Fichamentos de Livros feito pelas Pibidianas 2012/2013




Livro: CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 2005.  142p.
Bolsista: Simone Borges Gonçalves Teixeira

“Diferentes teorias de aprendizagem se propõem a explicar como a criança aprende- por associação (estímulo-resposta), pela ação do sujeito sobre o objeto do conhecimento (construtivismo), pela interação do aprendiz com o objeto do conhecimento intermediado por outros sujeitos (sociointeracionismo)”. (pág. 15)

“As condições inadequadas de ensino, que estamos ainda longe de superar mesmo nas cidades, são turmas numerosas, jornada escolar insuficiente, despreparo dos professores, métodos inadequados ou mal aplicados, material didático desinteressante, falta de biblioteca e salas de leitura etc”. (pág. 15)

“Durante décadas discutiu-se que métodos seriam mais eficientes: se os sintéticos (que partem da letra, da relação letra-som, ou da sílaba para chegar à palavra), ou os analíticos, também chamados globais (que têm como ponto de partida unidades maiores da língua, como o conto, a oração ou a frase).” (pág 18)

“Para colher bons resultados na alfabetização, penso que é necessário ensinar as relações letra-sons de forma sistemática, mas sem rigidez, evitando que o ensino fique excessivamente centrado na decodificação. Quando falo em ausência de rigidez, quero dizer que, embora a professora tenha em mente ensinar as letras ou as palavras-chave numa determinada ordem, se estiver atenta à realidade à sua volta, descobrirá assuntos ou acontecimentos importantes que despertam a curiosidade infantil e podem ser traduzidos em palavras e frases.” (pág 45)

“Para a professora, seja qual for o método escolhido, o conhecimento das suas bases teóricas é condição essencial, importantíssima, mas não suficiente. A boa aplicação técnica de um método exige prática, tempo e atenção para observar as reações das crianças, registrar os resultados, ver o que acontece no dia-a-dia e procurar solução para os problemas dos alunos que não acompanham”. (pág. 46)

“Para compreender e saber produzir textos, as pessoas possuem uma competência linguística denominada competência textual.” (pág. 50)

“Preparar para aprender a ler é principalmente despertas o desejo, a vontade de ler. Melhor do que oferecer à criança desenhos prontos para colorir e ou pontinhos para unir é criar um clima de interesse e receptividade em relação à leitura e à escrita.” (pág 53)

“O domínio da escrita é um aprendizado de longa duração que começa na alfabetização e se estende por muitos anos”. (pág 53)

“Aprender a ler envolve aprender que as letras representam sons, que a mesma letra pode representar mais de um som de acordo com o contexto e o mesmo som pode ser representado por mais de uma letra”. (pág 54)

“Alfabetizar é ensinar o código alfabético, letrar é familiarizar o aprendiz com diversos usos sociais da leitura e escrita”. (pág 65)

“Kleiman Sugere que o ensino de leitura deve ter alguma forma de sistematização e intervenção do professor, baseada em pressupostos teóricos bem fundamentados, pois não bastaria deixar o aluno entregue à própria sorte, construindo livremente seu repertório de leituras, na expectativa de que, em certo momento de sua trajetória, fosse transformado magicamente em leitor proficiente”. (pág. 81)

“Não só o conhecimento da língua pode ser enriquecido no contato com a literatura por intermédio da voz da professora, mas também a fantasia, a imaginação, a experiência indireta do mundo”. (pág 88)

“Seja qual for o meio utilizado, escrever cartas é uma atividade que pode motivar crianças e jovens a expressarem ideias, sentimentos e opiniões”. (pág. 96)



Livro: SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3.ed.Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 124 p.
Bolsista: Suzemar Fenilli de Freitas 

O texto proposto para estudo e fichamento de leitura, trata-se da discussão e definição para o tema: letramento, abordado em diferentes gêneros do discurso. Destinado ao leitor professor, professor-pesquisador, técnico-leitor. Segundo a autora, apresentando uma conceituação de letramento e alfabetização, em suas diferentes facetas e dimensões.
Etimologicamente [...] literacy é o estudo ou condição que assume aqueles que aprende a ler. Implícita neste conceito está a ideia de que a escrita traz consequências sociais, culturais, politicas, econômicas, cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o individuo que aprenda a usá-la. p. 17
[...] o analfabeto é aquele que não pode exercer em toda a sua plenitude os seus direitos de cidadão, é aquele que a sociedade marginaliza, é aquele que não tem acesso aos bens culturais de sociedades letradas e, mais que isso, grafocêntricas; porque conhecemos bem, e há muito, esse “estado de analfabeto”, sempre nos foi necessária uma palavra para designá-lo, a conhecida e corrente analfabetismo. p. 20
[...] porque só recentemente passamos a enfrentar esta nova realidade social em que não basta apenas saber ler escrever, saber responder as exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente – daí o recente surgimento do termo letramento. p. 20
Há a hipótese de que tornar-se letrado é também tonar-se cognitivamente diferente: a pessoa passa a ter uma forma de pensar diferente da forma de pensar de uma pessoa analfabeta ou iletrada. p. 37
Letramento é, sobretudo,
Um mapa do coração do homem,
Um mapa de quem você é,
E de tudo o que você pode ser. p. 41
Conclui-se que há diferentes tipos de letramento, dependendo das necessidades, das demandas do individuo e de seu meio, do contexto social e cultural. p. 49
[...] são necessários no mínimo quatro anos de escolaridade para a apropriação da leitura e da escrita e de seus usos sociais. p. 57
No entanto, infere-se, de tudo que foi dito, que o nível de letramento de grupos sociais relaciona-se fundamentalmente com as condições sociais, culturais e econômicas. É preciso que haja, pois, condições para o letramento.
A primeira condição e que haja escolarização real e efetiva da população.
Uma segunda condição é que haja disponibilidade de material de leitura. p. 58
O permanente desafio, enfrentado mundialmente, para a universalização do letramento – do acesso pleno das habilidades e práticas de leitura e da escrita – está intimamente relacionado com outro desafio: o de avaliar e medir o avanço em direção a essa meta. p. 63
Algumas indagações devem, pois, ser propostas à reflexão. Se letramento não pode ter uma definição absoluta e universal, será que o direito humano ao letramento deve ter significados diferentes em sociedades diferentes? Se a respostas a essas perguntas for ‘sim’, será que um conceito “empobrecido” de letramento, processos “poucos sofisticados” para sua avaliação e medição, e uma interpretação “benevolente” dos dados coletados não seriam mais um fator de manutenção das desigualdades entre países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em desenvolvimento? p. 120
Conclui-se que o termo letramento, apesar de ser atual, ainda não obteve uma solução definitiva para se alcançar o processo de alfabetização. Sabe-se, porém, que é de grande importância que todos tenham acesso a este processo, pois através dele as pessoas vão garantir a ampla participação como cidadão.



Livro: Linguagens infantis: outras formas de leitura/Ana Lúcia Goulart de Faria e Suely Amaral Mello (orgs.). Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
Bolsista: Andreza Resende de Souza


LINGUAGENS INFANTIS
Literatura com letras e sem letras na educação infantil no norte da Itália
Maria Cristina Rizolli
Pesquisas revelam crianças curiosas e inventivas derrubando as concepções da criança incapaz, de natureza egoísta, mostram formas de leitura e comunicação. (p.2)
Na história contada oralmente se exercita a capacidade de ouvir, de estar junto. Faz com que a criança se sinta importante sabendo que algo está sendo feito para elas, liberam as angústias... (p.7)
A primeira infância é época de grandes desafios e conquistas (físicas, biológicas) nessa hora poder ser um personagem de uma história é muito importante. (p.7)
As histórias devem ser contadas para que as crianças perguntem o porquê. (p.7)
Uma história contada no universo infantil pode fazer brotar a imaginação e abrir caminhos criativos. (p.8)
Contar história provoca na criança à capacidade de ouvir, atenção e concentração, cria um sentimento de comunidade. (p.9)
[...] causa familiarização com a leitura, reelabora sua experiência de vida, faz perceber o igual e o diferente. (p.10)
O livro é um instrumento de conhecimento e de fomentar o relacionamento, os livros servem para serem tocados, folheados levados pra casa discutidos criticados construídos, faz a criança só, se sentir na presença de outras. A presença de um adulto é importante, a criança deve sentir-se segura próxima ao adulto para que saiba que volta ao seu estado normal após a contação de uma história, a atitude de um adulto é extremamente importante para que a criança possa se imaginar dentro de um livro. (p.11)
O contato com o livro faz dele mais que um texto, um objeto. (p.12)
A professora deve criar na criança o convívio com a leitura e o amor pelos livros para enriquecimento da linguagem. (p.13)
Livros objetos para crianças de 0 a 6 anos são de plástico, de tecido, podem ser mastigados, amassados, molhados, são gostosos macios. (p.13)
Para 1 e 2 anos livros de papelão com perfurações para colocar os dedos. (p.14)
Para as maiores escadinhas para alcançarem os livros nas prateleiras, são estratégias para que a criança pegue um livro pra ler aprenda a gostar deles. (p.15)
O Processo de aquisição da escrita na educação infantil
Suely Amaral Mello
Deve-se buscar na educação infantil o desenvolvimento máximo da inteligência e da personalidade das crianças. (p.23)
Atividades como o desenho, a pintura, a brincadeira o faz de conta, modelagem, dança, poesia, e a fala são essenciais para a formação da identidade, da inteligência e da personalidade. Além de constituírem as bases para a aquisição da escrita como instrumento cultural complexo. (p.24)
O ensino do mecanismo prevalece sobre a utilização racional funcional e social da escrita. (p.25)
[...] se quisermos que as crianças se apropriem efetivamente da escrita- não de forma mecânica, mas como linguagem de expressão e de conhecimento de mundo, precisamos garantir que elas se utilizem profundamente do faz de conta e do desenho livre, vivido ambos como forma de expressão e de atribuição pessoal de significado aquilo que a criança vai conhecendo no mundo da cultura e da natureza. No desenho e no faz de conta ela expressa e entende a realidade, o mesmo ocorrerá na escrita. (p.29)
Ao ensinar primeiro as letras para chegar ao processo de comunicação e expressão se perdeu de vista a função social da escrita, ou seja, o fim para o qual ela foi criada. (p.30)
Sem exercitar a expressão, o escrever fica cada vez mais mecânico, pois sem ter o que dizer a criança não tem porque escrever, dificultando sua concentração, pois não tem sentido para ela. (p.31)
A criança se apropria da escrita porque faz sentido para ela ou quando o resultado dessa escrita satisfaz uma necessidade dela. (p.33)
Começamos não por propor atividades de escrita para a criança, mas por estimular a exercitar seu desejo de expressão. (p.37)


Lá vem a História
Melissa Cristina Asbahr
A ideia dos livros de auto ajuda é a de que as pessoas individualmente evitem os conflitos, existe também o incentivo a negação da ação social... o mundo externo só é enxergado a partir das experiências do eu. (p. 52)
Nesses livros somente é válida a relação com o outro quando corresponde aos desejos e necessidades individuais... a frustração deve ser evitada, mas acontece que ela é necessária a formação das pessoas.
Os livros de auto-ajuda infantil podem isolar as crianças, jogá-las umas contra as outras, fazendo fugir do diálogo e do relacionamento com quem pensa diferente.
Mesmo que como professora eu não selecione livros de auto-ajuda para o meu trabalho na escola, devo conhecê-los, pois a criança poderá ler fora da escola e isso poderá influenciar o meu trabalho em sala de aula. (p.54)

A higienização da infância no século da criança
Heloisa Helena Pimenta Rocha
Dr. Oscar Clark defendia que de nada adiantava educar o cérebro se mais tarde a debilidade física derrubaria a criança colocando os esforços do Estado e da família por água abaixo. Era a época da preocupação com a mortalidade e a deformidade.
Séculos lX, XX deslocamento do papel da escola da educação para a escola da proteção da saúde da criança.
 Assim no século da criança ou século do escolar, professores e agentes de saúde deveriam unir se nas operações de esquadrinha mento do corpo infantil, registro e tratamento das moléstias que dizimavam a vida de muitas crianças ou produziam deformidades que marcavam seus corpos. (p.69) 
Representado como um meio inóspito para o desenvolvimento infantil o lar das famílias pobres figura no discurso médico-higienista, como causa de todos os males que afetavam as crianças. (p.75)
Longe das agulhas, das penas, dos lápis, do papel e dos métodos artificiais por meio dos quais os professores tentavam ensinar crianças pequenas, o trabalho pedagógico, nos jardins de infância deveriam primar pelo contato com a natureza, privilegiando o papel dos sentidos na relação da criança com o mundo em oposição aos métodos pedagógicos alicerçados sobre as práticas de memorização. (p.104)  

Os pensamentos de Pestalozzi e Froebel nos primórdios da pré escola oficial paulista
Monica Appezzato Pinazza
Não se trata de mudar nomenclaturas ou anunciar reorganizações curriculares, se as concepções que perseveram não privilegiam as crianças e suas experiências. (p.86)
Na idéia de Pestalozzi... parecia existir uma certa clareza da necessidade de um trabalho apropriado à criança menor, ao mesmo tempo em que se criticava o caráter arcaico da escola primária que não cuidava da educação integral dos alunos e desconsiderava suas experiências.(p.89)
Froebel entende a espontaneidade como elemento fundamental no processo educativo... ele defende a educação baseada na liberdade e no respeito as capacidades de cada pessoa.(p.94)
Embora aconteçam movimentos imitativos da criança, a atividade simbólica definida por Froebel como manifestação livre e espontânea não tem lugar nos brinquedos do jardim de infância. (p.97)
Da mesma forma que a proposta de escola elementar de Pestalozzi se perdeu com a estileza interpretativa de seus ideais educativos originais, a proposta de pré escola inspirada em Froebel não se concretizou na prática. (p.98)

Relatos orais sobre a infância e o processo de alfabetização
Zeila de Brito Fabri Demastini
1920- acreditava-se que a escola primária era mais necessária para crianças da zona urbana que para crianças da zona rural. Mesmo na zona urbana havia menos vagas que crianças a serem alfabetizadas.
Nem sempre a idade de sete anos foi considerada legal para alfabetização, em alguns momentos foi de oito e até nove. (p. 102)
A questão que norteava a política educacional era menos a criança, suas especificidades e problemas e mais a preocupação com os poucos recursos do Estado perante o grande número de crianças em idade escolar. (p.103)
Na maior parte dos casos o interesse pela alfabetização antes de frequentar a escola partia da própria criança. (p.104)
As poucas que quando meninas frequentaram o jardim pertenciam a famílias de recursos residentes em são Paulo há muitos anos e cujas mães tinham pelo menos a escolaridade primária, cultivavam hábitos de leitura e habilidades artísticas.
Depois de lá eu segui para a escola modelo, uma escola muito boa também, mas não era a mesma coisa que o jardim, a gente sente a transição, porque o jardim era uma delicia. (p.107) 
A gente ganhava como prêmio livros, livros ótimos. (p.111) 
O jardim era uma coisa extraordinária, era o cartão de visita. (p.110)
Eu aprendi a ler lendo o Estado de São Paulo. (p.112)
Não havia uma expectativa ou um empenho das famílias no sentido que seus filhos se alfabetizassem antes do primário. (p.112)
Hoje estão ensinando de cima para baixo e naquele tempo nós ensinávamos de baixo para cima. (p.116)
Aí eu comecei com o analítico dava-se uma sentença e escrevia-se no quadro negro. Decompunha-se em palavras e depois em sílabas, depois em letras. (p.118)
Quantas bolas você pegou? Atire pra cá, quantas você atirou? Isso é participar, é brincar com a criança. Ela aprende num instante. (p.121)




Livro: WERNECK, HAMILTON. Se a boa escola é a que reprova, o bom hospital é o que mata. De Paulo editora. Rio de Janeiro,1999.
Bolsista: Claudia Milanez Sachet


            “A educação peca pelos paradigmas de tempo e quantidade de conteúdos. Nós sabemos que algumas séries avançam mais depressa, outras não. Quem deve administrar isso? O professor, a orientação pedagógica da escola. O que enterra a pedagogia é essa mania desenfreada de normatização e uniformização, todos tendo que aprender dentro de um determinado tempo.” Pág. 17.
            “O que você vai fazer agora?
1 -  Analisar os conteúdos e objetivos traçados.
            2 - Verificar o estado de preparação de seus alunos.
3 - Estabelecer um tempo flexível para que todos aprendam.
4 - Na medida em que perceber que necessitam de mais tempo, conceda-o.
            5 - Vá controlando os resultados, reajustando objetivos até que todos dominem os assuntos.
O que você não vai fazer agora?
1 – Sem conhecer seus alunos, estabelecer o quanto vão aprender no primeiro bimestre.
2 – Marcar suas avaliações ao longo do ano como se todos avançassem com a mesma velocidade.
3 – Predeterminar quando vai acabar cada unidade.
4 – Dar-se por satisfeito com uma reprovação de uns 10% porque está estribado num processo organizado.” Pág. 21.
            “Mas por que o currículo mata? Porque os currículos escolares servem mais para reprovar crianças nos países subdesenvolvidos que propriamente prepará-las para a vida na sociedade e no trabalho. [...]. Sabe-se para fazer a prova, decora-se para passar em testes, aprende-se macetes para dar conta de processos mais complicados e, o mais importante, ou seja, o preparar-se para a vida, não existe dentro dos saberes de aula e dentro das escolas. [...]”. Pág. 25.7
            “O currículo atrasado e defasado da realidade desanima os alunos e não os motiva  a estudar. O programa muito velho não cria ambiente favorável ao interesse pelo aprendizado, mas deve ser seguido, seja pela falta de criatividade, seja pela pouca ousadia em ver se aquele conjunto de conceitos não está fora da realidade histórica. A nota é a necessidade para se manter a disciplina, obrigar a estudar toda a parafernália sem sentido e poderosa arma para favorecer ou impedir às pessoas subirem na vida.” Pág. 27.
            “Busquem atividades que desenvolvam a criatividade, o raciocínio, muito mais que as quantidades de exercícios e matérias  lecionadas, preparem atividades que desenvolvam as possibilidades de parcerias, do trabalho em equipe e quebrem essa estrutura de que o aprendizado se dá individualmente. Preparem um currículo que permita organizar programas de leitura, visitas, relatórios, observações e movimento.” Pág. 29 – 30.
            “Estudar conteúdos atuais é motivador porque existe uma relação imediata com a realidade da vida.Convivemos com fenômenos físicos, químicos e sociais, entre outros, estudando-os na sequencia das aulas e mostrando a validade do estudo enquanto ele se relaciona com a vida diária.” Pág. 57.
            “Os erros devem ser corrigidos; no entanto, o mais importante é o acerto esse precisa sempre ser chamado a atenção para que fique bem fixado na mente do educando. Promover no lugar de recriminar. Promover mais e recriminar menos.” Pág. 68
            Portanto percebe-se que a construção de uma educação que possa contribuir com os alunos, a terem uma atitude mais crítica, mais reflexiva, depende necessariamente do conjunto de pessoas envolvidas no processo de aprendizagem. Esses devem sempre modernizar seus conteúdos, valorizar o acerto dos alunos, e não deixar o ensino uniformizado.








Livro:  MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Educação e Letramento. São Paulo: UNESP, 2004.
Bolsista: Taís Q. Valério. 

A palavra letramento começou a ser usada em nosso país nos anos 80, por pesquisadores de educação e linguística. (p.11)
Muitas pessoas confundem letramento com alfabetização. Porém o requesito para ser letrado não é ser alfabetizado.
Então letramento é muito mais que ser alfabetizado é utilizar as funções da leitura e escrita em sociedade. Para viver na sociedade letrada é necessário habilidades e conhecimentos.
No capitulo 1 inicia com a fala do presidente da república Cristovam Buarque em 06/03/2004, onde ele fala da vergonha de um país fabricar carros aviões ter hidrelétricas e tanta riqueza não pode negar a vinte milhões de seus filhos o direito a ler e escrever.
A fala do presidente da época fez me indagar. Hoje o número de analfabetos diminuiu com certeza, porém analfabetos funcionais existem e muito. Acabou um problema ou mudou-se de nome? (p. 15)
No século XX a analfabetismo não era só um problema político, mas também social cultural e econômico [...] acentuando-se as atitudes de discriminação e marginalização em relação ao analfabeto, sob o argumento que ele era incapaz...
A educação tem, portanto, uma função mediadora por meio dos processos educativos se constroem, de determinada maneira, determinadas relações dos indivíduos entre si e com a sociedade é a cultura. (p.29)
A educação escolar se tornou, assim, agente de esclarecimento das “massas” iletradas e fator de civilização, a alfabetização, por sua vez, se tornou um meio privilegiado de aquisição de saber, no sentido de esclarecimento... (p.31)
A educação escolar tornou – se obrigatória ainda nao Império, com a constituição de 1834; e a partir do período republicano, os governos estaduais e o governo federal passaram a centrar forças na organização do “aparelho escolar” e na disseminação da instrução elementar, como uma decorrência da necessidade de educar do povo...(p.33)
... Se a “educação” é uma palavra bastante utilizada e com significado relativamente conhecido, o mesmo não ocorre com “ letramento”, de recente introdução em nossa língua e diretamente relacionada com a visibilidade de novos fenômenos e com a constatação de novas formas de compreendê -os e explicá – lós.(p.34-35)
alfabetismo ou letramento­­- não nos era necessário. Só recentemente esse oposto tornou-se necessário, porque só recentemente passamos a enfrentar esta nova realidade social em que não basta apenas saber ler e escrever, é preciso também fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente---daí o surgimento do termo letramento [...] (p.35) SOARES. Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1988. P.19-20
Embora a palavra “analfabeto” fosse utilizada desde o século XVIII, somente ao final do século XIX passou a ser utilizada a palavra “analfabetismo”, para designar o problema que envolvia o estado ou condição de analfabeto. (p.38)



PIBID: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência
Bolsista: Andreza Resende de Souza
Fichamento da obra:
SILVA, Maria Cristina da. Saberes e Dizeres Diferentes de Crianças que “Fracassam na Escola”. In: GOMES, Maria de Fátima Cardoso; SENA, Maria das Graças de Castro (Orgs). Dificuldades de Aprendizagem na Alfabetização. 2 ed.Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p.55-67.

Saberes e Dizeres Diferentes de Crianças que Fracassam na Escola

            Carlos tem quatorze anos (isso na época da pesquisa), está na 5ª série de uma escola estadual, onde estuda desde a primeira série. Carlos repetiu a primeira série por três vezes, a segunda por duas vezes, a terceira por uma vez; não repetiu a quarta série. (p. 55) Carlos tem três irmãos, nenhum teve dificuldades na escola, a mãe escreve apenas o nome, mas considera a leitura e a escrita fundamentais, tem vontade de copiar da TV alguma receita, mas, não consegue. O pai cursou até a terceira série do ensino fundamental, é muito amigo dos filhos e sonha com eles na universidade, atualmente trabalha numa empresa de mineração, onde recebe quatro salários mínimos. A irmã de Carlos o ajuda com as tarefas, costuma falar para o irmão da importância da escola, diz ainda que o menino gosta de leitura, e por isso não entende porque ele escreve errado, para ela a escola não é muito atrativa, é teórica. Quando a família acha que Carlos está precisando, ele tem aulas particulares com uma vizinha que é professora. (p.55-56)
            Os pais de Carlos não puderam permanecer na escola, pois, tinham de contribuir para o orçamento familiar... o trabalho é , há muitos anos a principal razão do abandono escolar. (p.56)
            Características de Carlos segundo a família e professoras: é desatento, tem preguiça de fazer as atividades, escreve muito errado, não gosta de ser chamado à atenção, fica com raiva e briga, gosta muito de ler, (p. 56) aos dez anos de idade vestia roupa pelo avesso, abotoava errado, calçava sapatos trocados, ainda veste camisa do avesso ou do lado contrário, (p.58) criança problema desinquieta, imatura, só gosta de brincar, (p.59) difícil, bagunceiro, é impossível entender o que ele escreve. (p.59)
            ...é na junção das aulas desinteressantes e das dificuldades de aprendizagem de Carlos que pode estar a explicação para a dificuldade na relação professor e aluno. (p.57)
...talvez Carlos não tenha sofrido intervenção dos discursos de suas professoras e nem dado importância a eles, o que lhe interessa não são os fatos que ocorrem no interior da escola, mas sim os que acontecem fora dela. (p.57)
            Na visão da mãe parece existir relação entre as dificuldades escolares de Carlos e a forma como se deu seu nascimento e crescimento. (p.59)
            Diante da sua dificuldade para escrever, as professoras de Carlos pedem para a mãe colocar ele para ler mais... nessa concepção a prática da leitura é fundamental para a formação de um escritor. (p. 60)
            A ampliação da compreensão da leitura e da escrita nos indica que são dois processos específicos e distintos...  Ler bem corresponde a escrever bem, segundo Batista (1995) isso é um mito que perdura há anos entre nossos educadores. (p.60)
            ...para a professora particular a rigidez das normas escolares é fator que leva os alunos ao desinteresse. (p.60)
            Na escola as diferenças individuais entre as crianças com dificuldades e as demais crianças é que as torna diferentes ou deficientes para muitos... conduzindo esses alunos ao submundo do desinteresse, permanecendo em seu currículo a marca do fracasso.( p.61)
            Para justificar o fracasso escolar os profissionais da educação fazem uso de conceitos e estudos da área médica. O desconhecimento desses educadores sobre o fracasso escolar demonstra a distância entre nossas escolas e a realidade de seus alunos. (p.62)
            Os professores fracassam por não compreenderem o que acontece em sala de aula. Estão impregnados de valores morais, éticos e políticos, acreditam na homogeneidade dos sujeitos e buscam distribuir os conteúdos escolares, na crença de que todos precisam atingir os mesmos resultados. O reconhecimento da subjetividade inexiste, fazem discriminações e adotam posturas preconceituosas em suas concepções. (p.62-63)
            Educadores em geral têm uma visão idealizada de instituição escolar. O reconhecimento da singularidade de cada um nos impede de conceber que esses alunos embora inseridos numa mesma realidade, possam ter objetivos, vontades e desejos iguais. A sala de aula é um mundo de diversidade de opiniões, de comportamentos, vontades e desejos. O professor também participa desse lugar, portanto faz-se necessário e importante que perceba e veja o mundo diversificado que vivencia, procurando não atingir a unidade, mas, ouvir e entender a diversidade ali presente. (p.63-64)         
            A pressão social imposta sobre esses “fracassados” pode organizá-los dentro de um padrão de certo e errado. (p.64)
            Essa negação para aquisição de conhecimentos escolares pode estar sendo utilizada como estratégia: na verdade, o que se quer negar são outros acontecimentos que ocorrem no interior da escola. (p.65)
            A escola que temos não vem atendendo aos interesses dos alunos que chegam até ela, pois tem em sua concepção um aluno idealizado, que deve corresponder a seus interesses e concepções. E o que chega a ela são meninos e meninas com saberes e dizeres diferentes e trazem consigo a realidade da classe trabalhadora.  (p.66)

            Diante da (des) organização do espaço escolar esses alunos tornam-se apáticos ou agitados, não reconhecendo o espaço escolar como local de aprendizado. (p.66)          

             
Lembranças da Alfabetização do Grupode 2012/2013

Memorial segundo o dicionário Michaelis é um “escrito em que se acham registrados certos fatos memoráveis”, um livro de lembranças em que se destacam acontecimentos importantes.
Sabendo da importância que é o processo de alfabetização na vida do indivíduo, resolvemos registrar esses momentos de nossas vidas.
O memorial descritivo “lembranças da nossa alfabetização” tem por objetivo resgatar a memória do trajeto escolar das bolsistas do PIBID – UNESC Pedagogia, focalizando o período inicial escolar, a alfabetização. A fim de levantar dados que nos levem a reflexão e a fazer comparações sobre o processo em diferentes momentos da história.


BOLSISTA: CLAUDIA MILANEZ SACHET


O inicio de minha vida escolar foi um pouco difícil, pois mesmo estando ansiosa para ir pela primeira vez à escola, fiquei com medo de ficar longe da minha mãe. Mas isso logo passou, adaptei-me aos professores, colegas e funcionários e adorava ter que ir todos os dias para a aula. A primeira salinha que estudei, aos 3 anos, tinha carteiras brancas com flores azuis, era enfeitada e bem arejada, a vista da janela, era para o parque, e eu e meus colegas aguardávamos todos os dias a hora de brincar no parque, que era a maior  diversão.
Lembro-me que desde muito pequena gostava de deixar meus cadernos organizados e coloridos, sempre recebia elogio e sentia-me cada vez mais motivada a estudar.
Dentre todas as minhas professoras de educação infantil e ensino fundamental, as que mais me recordo são “as tias”: Carmem, Guega e Nica, essas foram as que mais marcaram minha vida escolar.
Enquanto eu estava na educação infantil, conheci todas as letras do alfabeto, pois em casa minha mãe lia livros para mim, eu observava meu irmão quando este fazia tarefas e no jardim as professoras apresentavam as letras. O que mais me ajudou a nomear e classificar as letras, foi uma atividade solicitada por uma professora, onde cada criança teria que construir um livro com as letras e objetos colados. Cada semana levávamos o livro para casa, esse era feito de tarefa, e eu adorava procurar em revistas objetos/palavras que começassem com determinada letra. Lembro-me que ficava irritava quando eu achava a letra procurada no meio de uma palavra e eu não podia recortar e colar.
Para alfabetizar-me, não tive dificuldades, mas passe por uma “crise”, quando eu estava no jardim de infância, não queria ir ao pré, julgando que não iria conseguir ler. Chorei muito, mas com ajuda, superei o medo e alfabetizei-me recentemente, pois apesar de a professora utilizar as cartinhas e formas tradicionais de alfabetização, em casa minha mãe lia muitos livros comigo, mostrava-me rótulos de alimentos, revistas, jornais e auxiliava-me na leitura, o que facilitou o meu processo de ensino-aprendizagem. Lembro-me que quando aprendi a ler, queria ler tudo que aparecia na minha frente, como placas, livros, jornais. Ficava muito feliz e sentia-me o máximo. Em minha infância também fui instigada ao processo de letramento, cada dia este se desenvolvia mais. Minha família mesmo sem conhecer este termo, possibilitava situações que o favorecesse. Utilizavam muito a oralidade, para que minha fala se desenvolvesse, possibilitava-me ter brinquedos lúdicos, mas também educativos, apoiavam-me na escola, ajudavam-me em tarefas de casa, davam-me bastante livros...
O inicio de minha alfabetização iniciou no pré, pois a professora já usava cartilhas... Então fui ao 1º ano já alfabetizada e com o letramento desenvolvendo-se a cada dia.

BOLSISTA: IZABEL CRISTINA MAFFIOLETTI JACQUES

O texto a seguir irá descrever parte do meu processo de alfabetização, pois já fazem mais de três décadas que iniciei no pré-escolar então fica quase impossível lembrar-se de tudo na íntegra.
Entrei na pré-escola no ano de 1981, quando tinha 5 anos de idade,  final da ditadura militar, os reflexos do regime ainda eram bem fortes na escola, como por exemplo cantar o hino nacional todos os dias no pátio, em forma e hasteando a bandeira do Brasil antes de entrar para a sala de aula, porém para os alunos, ou pelo menos para a grande maioria isso era normal e fazia parte da rotina da escola, porque estávamos por fora do que estava acontecendo, tão por fora que hoje que depois de trinta anos que fui descobrir qual era o verdadeiro motivo.
 Lembro-me até hoje do nome da minha primeira professora, se chamava Neusa, lembro-me dela com muito carinho, tanto que ela se tornou inesquecível. O ensino da época na pré-escola era o primeiro ano de hoje mesclava o lúdico com o ensino das letras, e segundo a professora eu não tinha idade para ir para a primeira série, porém estava muito adiantada e não se fazia necessário repetir o pré-escolar, então precisou da autorização da minha irmã/responsável para que eu desse continuidade nos estudos.
Já em 1982, na primeira série estudando no período vespertino, minha professora se chamava Rosemeri, ela era uma ótima professora vista com o olhar da época, uma professora muito “boazinha”, porém totalmente tradicional, muito rígida, era autoridade em sala de aula e não respeitava os saberes dos alunos. O ensino era por meio do método silábico, b+a=ba e o livro didático era seguido na risca.
A avaliação era feita por meio de notas desde a primeira série e não conceitos como é feito hoje, e os instrumentos avaliativos mais freqüentes que me recordo eram as provas escritas e orais.
A segunda série não foi muito diferente da primeira, pois se repetiu até a professora, então ela só deu continuidade ao seu trabalho.
As séries iniciais foi um período muito difícil pra mim, em plena fase de alfabetização, nós tínhamos todos os dias muitas tarefas para levar para casa, e eu não tinha ninguém pra me ajudar ou pra tirar pelo menos minhas dúvidas, pois minha irmã era analfabeta, mal sabia escrever seu próprio nome, então eu chorava muito e tinha que me virar sozinha, e muitas vezes ela me via chorando e me mandava sair da escola, talvez por se sentir culpada em não poder me ajudar.
Mas Graças a Deus que essas palavras não serviram como desincentivo, pois se tinha uma coisa que eu gostava de fazer era estudar e até hoje ainda gosto e gosto muito.
E depois da conclusão do segundo grau, hoje ensino médio, ingressar na faculdade era um sonho inalcançável, por falta de recursos financeiros e principalmente alguém instruído que me ajudasse a correr atrás do prejuízo, mas também não sei se teria conseguido, porque antigamente não era tão fácil como é hoje pra se conseguir uma bolsa ou um financiamento.
Esse sonho só foi se realizar quase dezoito anos mais tarde, por meio do programa Nossa Bolsa, que me fez ingressar na universidade, onde aqui estou terminando a quinta fase do curso de Pedagogia feliz da vida e muito, mais muito cansadinha.

BOLSISTA: SIMONE BORGES GONÇALVES TEIXEIRA

Neste mundo tão agitado que vivemos, muitos detalhes passam despercebidos. Quando tento me recordar de acontecimentos da minha infância, a primeira coisa que vem à minha mente é a escola, uma simples escola, que se chamava grupo escolar Tancredo de Almeida Neves. Tenho saudades das carteiras que sentava eu nem conseguia encostar o pé no chão, ficavam suspensos, pois eram grandes.
Minha querida professora, alfabetizou-me no primeiro e segundo ano. Sua metodologia era o BA-BE-BI-BO-BU, hoje contesto este método, mas com ele, aprendi a ler e a escrever. As atividades propostas eram sempre repetitivas, porém eu adorava fazê-las e terminava sempre rápido, podendo conversar com Aline e Daniela. Falando nisso, recordei-me de uma lembrança triste, da reprovação delas, minhas amigas inseparáveis. Não entendia porque eu iria para outra turma e elas permaneceriam na mesma, sendo que fizemos as mesmas atividades, ninguém soube me explicar.            
Outro ponto triste da minha trajetória nessa escola foi a professora do terceiro ano, lembro-me claramente dela no quadro escrevendo e dizendo para todos copiarem. Ao escrever ela se dirigia para a porta e ficava lá nos olhando, sem carinho e compreensão, pois não podíamos perguntar nada, apenas copiar.
Algo que não me esqueci, foi que um dia na hora do intervalo, a professora Vanda chamou-me dizendo que queria tirar uma foto comigo e com seu filho Dudu, do qual é meu amigo até os dias de hoje.
Meus pais nunca foram muito presentes na minha escolarização, eram analfabetos, mas nem por isso deixei de gostar de estudar, sempre fui boa aluna e gostava de ler, sempre era a primeira a chegar à escola. E ainda hoje é assim...


BOLSISTA: SUZEMAR FENILLI DE FREITAS

Desde muito pequena lembro-me da minha curiosidade em descobrir o novo e mesmo tendo pouco acesso aos livros, podia observá-los e estes me encantavam.
Aos seis anos de idade comecei a frequentar o pré-escolar e nesse momento tudo era novidade. Aos sete anos (1978) eu ingressei na primeira série do ensino primário na Escola Municipal Humaitá de Cima. O que mais ficou marcado em minha memória foi toda a preparação para aquele momento: A aquisição dos materiais, o uniforme escolar com a saia plissada e a camiseta nova branquinha e o tênis. Tudo impecável, transformando aquele momento em algo muito significativo e para meus pais, que pouco frequentei a escola, era motivo de orgulho esse momento da filha primogênita.
 Durante as primeiras semanas ocorreu à fase da adaptação à nova escola, nossa professora Zenaide indicou o nome da cartilha que deveria ser adquirida, quanta expectativa durante a espera dessa nova aquisição! Ao visualizar minha cartilha fiquei encantada. Pensei: um livro especialmente para mim, com desenhos, letras e ainda muito espaço a ser preenchido. Ainda não havia sido alfabetizada, mas a partir daquele momento deu-se o processo de minha alfabetização, tenho lembrança das primeiras letras, b com a fica ba e assim por diante.
Apresentei facilidade em aprender aquilo que era proposto e meu encantamento pela leitura e a escrita aumentava, mal esperava o momento para aprender uma nova família de sílabas. Ainda, recordo-me do carinho e atenção ofertados pela professora ao ensinar e de como sua relação com a turma se mostrava afetuosa, não me recordo de castigos.
 Logo que conquistei autonomia para a leitura estava sempre atenta aos livros.  A aquisição de livros por parte de minha mãe, bem como de minha avó fortaleceu minha curiosidade e sede pelas descobertas do mundo em que eu me encontrava. Assim deu-se minha alfabetização, prosseguindo a todo o momento minha curiosidade e buscando novas descobertas.                         

BOLSISTA: ANDREZA RESENDE DE SOUZA


Não frequentei a educação infantil e lembro-me muito bem dos dias que antecederam minha entrada na primeira série. Minha mãe fez a matrícula, que na época era realizada poucos dias antes do inicio das aulas. Ciente do que estava por vir eu, Andreza, com 7 anos recém completados, visto que na época as aulas começavam em março e meu aniversário é em fevereiro, mal podia acreditar que iria para a escola, o que até então era  apenas um sonho muito almejado, pois minha irmã, três anos mais velha do que eu, já frequentava a escola enquanto que eu ficava apenas na vontade.
Era tudo mágico, a compra dos poucos materiais, a preparação do uniforme, a escolha do lanche levar que iria levar nos primeiros dias... Enfim era tudo inacreditável, parecendo irreal.
Não lembro exatamente do primeiro dia de aula, mas me recordo bem de minha ansiedade, não esperava nem minha mãe pedir que me arrumasse, eu mesma o fazia todos os dias, sem preguiça ou má vontade.
Ainda, havia a minha preocupação de controlar os horários para não chegar atrasada, pois eu não aceitava que isso ocorresse. Essa pontualidade acabava me irritando, pois, dependia de minha irmã para ir à escola, afinal de contas era muito pequena para ir sozinha e o problema é que ela não era muito pontual, ao contrário, gostava de chegar sempre depois de o sinal ter tocado, e quando a fila já estava formada, sendo que na época todos os alunos faziam filas por série para rezar e logo seguir para as suas salas. 
Lembro-me bem da minha primeira professora “tia” Elza, acho que ela não me causou má impressão, apesar de não ter muitas recordações sobre ela. Meus primeiros contatos com a escrita foram os risquinhos, bolinhas e apenas aqui na graduação é que vim entender que isso serve para o desenvolvimento da coordenação motora fina.
Dos livros utilizados, tenho lembranças apenas da cartilha, do A de avião do E de escola, do I de igreja do O de óculos e do U de uva. Se este método é certo ou errado não vou aqui abordar, a questão é que em três meses eu já estava alfabetizada, sem que frequentasse a Ed. Infantil ou vivesse num ambiente letrado, com acesso a materiais de leitura. No inicio lia apenas as sílabas, mas não conseguia juntá-las para ler a palavra toda, e uma noite sentada no sofá da sala com minha mãe, solicitei ajuda para ler a palavra “pata”. Ela prontamente respondeu: “Você tem que juntar P+A=PA, T+A=TA”. E assim foi como mágica, nunca esqueci dessa noite, daí para frente tudo deslanchou.
Enquanto a família estava na mesa reunida fazendo as refeições eu ficava sentada no chão ao redor da mesa com a cartilha nas mãos lendo aquelas colunas de palavras muito parecidas, lembro-me de pedir ajuda de meus pais quando não conseguia ler uma palavra mais complexa.
 Amava as poucas vezes que a professora contava historinhas para a turma. Lembro-me que ficávamos todos sentados um atrás do outro em fileiras e não nos levantávamos sem ordem da professora. Nunca me esqueci da dificuldade que tive de escrever, ou melhor, desenhar o M no quadro. Passei muita vergonha, pois íamos um por vez e tive que fazer umas três vezes,  confundia o M com o N. Eu acho que essa foi a única experiência desagradável, pelo menos é a única que recordo.
 Nunca saíamos da sala, não aconteciam passeios, conversas variadas com a professora. Letramento? Eu acho que só mesmo nas poucas historinhas que foram lidas para nós.
No último dia de aula a professora comunicou quem foi aprovado e quem foi reprovado. Lembro-me de um colega que reprovou foi o único da turma, fiquei tão impressionada com aquilo que nunca esqueci, se tivesse sido comigo não sei como iria superar, afinal a escola era considerada importante na minha vida.
Nesse mesmo dia antes de irmos embora a professora encheu o quadro de contas para resolvermos nas férias, e eu e meu colega nos olhamos e combinamos que não iríamos copiar, afinal queríamos férias.


BOLSISTA: TAÍS QUINTINO

Apesar do imenso esforço para lembrar-me do período em que estudava poucas coisas vem à minha mente. Porém acredito que apesar de não ter grandes lembranças, foi uma época muito boa e de grandes aprendizados.
 Quando penso nesse tempo, somente alguns fleches vem na minha cabeça, como a empolgação que tive quando  minha mãe falou para nossa vizinha que tinha matriculado-me no pré e minha prima Lisandra também estudaria comigo. Essa era minha melhor amiga, brigávamos bastante, mas não nos largávamos (eram brigas de criança é claro), então foi uma felicidade quando soube que iria estudar na mesma sala que eu. Não via a hora de ir até a casa dela para ouvir da sua própria boca que iria estudar realmente comigo.
 Então, no dia que nos encontramos, começamos a contagem regressiva para o inicio das aulas. Todos os dias fazíamos a mesma pergunta para nossas mães: “Mãe quando vou para a aula?”. E estávamos também muito ansiosas para ir comprar os materiais. Eu queria tudo rosa ou lilás que eram minhas cores preferidas. Mas esse desejo não se realizou, nós não fomos comprar juntas, aliás, nossas mães foram sozinhas, uma verdadeira injustiça, nós não podemos escolher nossos próprios materiais!  
Meu primeiro colégio chamava-se José Contim Portela, do bairro São Sebastião. Iniciei no pré aos seis anos de idade e aos poucos fui fazendo amizades diferentes, mas da minha prima não desgrudava. Gostava muito de aprender e via minha professora como um exemplo a ser seguido, apesar de não me lembrar do seu nome, apenas do seu rosto, cabelo curto e preto e olhar carinhoso e atencioso. Eu sentava em uma mesa com quatro cadeiras, com minha prima, Diego e o Michael. Os dois também eram primos.
Entre as nossas brincadeiras preferidas quando não estávamos na escola, era a de brincar de escolinha, era uma briga para decidir quem seria a professora. Por isso revezávamos uma hora eu era a professora e em outro instante era minha prima. E o interessante é que durante nossas brincadeiras repetíamos o que nossa professora fazia na sala de aula, nos imaginávamos e sentíamos como se realmente éramos a professora.
Recordo-me também de algumas atividades que mais gostava de fazer no pré-escolar: Colorir os desenhos impressos, conhecer as letras do meu nome, sobrenome e nome dos demais colegas. E não poderia deixar de citar a música que aprendi no pré e nunca mais esqueci: “O quartel pegou fogo São Francisco deu sinal acode, acode a acode a bandeira nacional”. Essa foi muito significante, sendo que a professora nos ensinava os gestos que teríamos que fazer. Provavelmente seria para alguma apresentação para o dia 7 de setembro. Alguns alunos se caracterizaram com roupas de soldado, outros tinham apitos, e havia os que carregavam a bandeira do Brasil, foi tudo muito divertido, uma verdadeira festa. 



PIBID- UNESC- Texto para teatro alfabetização e letramento
 Bolsista:Andreza Resende de Souza

 Era uma vez em uma cidade  do interior:
MÁRCIA: O mãie cheguei to chei  de fome o que é qui tem PA come?
DONA CONFÚCIA: Carma menina parece que veio das guerra
MÁRCIA: Tem bieti da perfessora na pasta
DONA CONFÚCIA: Atem é? Dexa  eu vê
NARRADOR: Dona confúcia era uma mãe muito preocupada com os estudos da filha Márcia, que estava na primeira série, queria que a filha tivesse um futuro brilhante.  Mas por ter estudado muito pouco dona Confúcia mal sabia ler e escrever, portanto ficava muito insegura quando tinha de ir até a escola da filha, pois, tinha muito medo de passar por alguma situação embaraçosa. Logo que tirou o bilhete da mochila da filha para tentar ler, já começou a ficar nervosa.
DONA CONFÚCIA: Vamo Le essi bieti minina. Senhores pais: ué? Será qui eles pensa qui tu tem dois pai e num tem mãe? Viemos por meio desta. Uai desta u que?   Solicitar a vossa presença para uma reunião onde falaremos sobre letramento e alfabetização na escola. I dano-se, agora eu qui num sei nem Le direito, vo te qui fala di letramentu, eu nem tenho as letra, nem so muié letrada nunca fui, lá nu meu grupo escola deru as letra pra nóis aprende, mais parece qui elas fugiro da minha cabeça, to lascada, vo passa virgonha, i agora fia?
MÁRCIA: Num sei mãe, mas a perfessora disse que oce tem di i
DONA CONFÚCIA: Ta certo fio, si é pu teu bem eu vo sim.
NARRADOR: No dia da tão temida reunião dona Confúcia estava tão nervosa que não conseguiu ficar em casa esperando, chegou a escola Vila Velha uma hora antes da reunião e para tentar se acalmar e esperar  sentou-se no banco do pátio e ali ficou pensando e falando sozinha. 
DONA CONFÚCIA: Será qui eles vão manda a genti  iscreve o arfabeto de trais pra frenti  i di frenti pra trais? É purque se letrada deve di se isso, domina as letra né? Ai, ai, ai acho qui vo mi imbora, i si elis perguntá pra mim si eu possu ajuda Minha fia a se letrada? Eu nem sei u qui é letramento direito, mi lasquei, acho qui vo é mim bóra di fininho pra ninguém percebe. 
NARRADOR: Enquanto isso passava por ali, indo em direção a sala do segundo ano para reunião, uma mãe que já havia passado pela mesma situação de dona Confucia no ano passado, por conta da alfabetização de seu filho Pedro. Vendo a aflição de dona Confúcia a mulher se dirigiu até ela e perguntou:
DONA MILU:Tá tudo bem com oce?
DONA CONFÚCIA:Não ta muito não, mais quem é qiu qué sabe?
DONA MILÚ:Eu so a Milu, so Mãe Du pedru  da segunda séri.
DONA CONFÚCIA: Eu so a confucia so mãe da Márcia da premera seri.
DM: Será qui eu posso ti ajudá? Oce ta mi parecendo meio aflita
DC: A to é? Qui nada eu só to é querendo corre i mi joga imbora daqui
DM:Uai e purque?
DC: E qui tem reunião na classi  da minha fia pra fala di um tar di letramento, aconteci qui eu nem so letrada, nem sei bem lá u qui é isso, to cum medo di faze vergonha pra minha fia.
DM: A intão é isso? Acontece Confúcia qui eu já pasei pur isso, no ano passado também mi chamaru pra essa reunião, i eu fiquei muito preocurpada.
DC: Aé? I o qui é qui oce feis? Foi imbora é? Fugiu,  qui nem eu queru faze?
DM: Não eu fiquei na reunião e prestei atenção nu qui a perfessora falava i quando eu não intendia arguma coisa eu perguntava.
DC: Aé? I u qui é qui a perfessora falava?
DM: Ela falava qui hoji  as criança tem qui se arfabetizada i letrada ao mesmo tempo.
DC:  I ose intendeu u qui ela quis dize?
DM: Claaaaaaro qui não. Eu pirguntei pra ela qui era aquilo qui ela tava falando e ela mi explico qui não basta qui as criança só aprende a Le i iscreve  i não usa essa leitura e escrita  fora da iscola.
DC: Mas mihna Márcia sempre faz o dever di casa.
DM: Sim quirida mas não é isso qui a perfessora quis dize  cum  Le i escreve fora da iscola, ela quis dize qui a criança tem qui te o custumi di Le o jornal, di Le revista, di Le tudo qui é livro bão, i pra isso a criança tem qui, gosta di Le, tem qui intende o qui ta lendo, i não Le só purque alguém manda, o sem intende nada daquilo qui ta lendo,  a criança tem qui te interessi pelo qui ela Le , por isso aqui no primeru ano a perfessoa só da leitura qui tem sintido pra criança, qui tem haver cum a vida dela, pra modi ela si interessa pelo assunto e cria o costume da leitura e da escrita. Afinar di qui adianta nossos fio sabe Le qui nem uns douto, bem bunito, falando as palavra mais dificir, si depois agente pergunta pra elis o qui é tu leu fio, a mãe não intendeu? I elis num subé explica nada pra nóis, num é mesmo?   
DC: Ochi, sabi qui eu to começandu a intende esse negócio? Continua Milu continua, mi fala mais dessi tar di letramento.
DM: Intão, como eu ia dizendo letramento é mais ou menos isso, é usa lá fora o qui aprendi aqui na iscola. É cunsegui Le a bula do remédio pa vê si da dor di barriga, é Le o jornal, é vota na urna eletrônica, é tira um extrato nu banco,  é chegá lá nu médico i pega uma revista daquela pra Le, é ta interado Du qui ta aconticendo no mundo , reconhecendo as desiguardade sociar e as mentira que dizi por aí, é dúvida, critica i num aceita tudo quietinho, é Le a imbalagi Du pacoti di macarrão nu mercado pra vê si tem muito carboidrato o não, si tem gluti nu biscoitu  o não, é Le o horário Du ônibus e vê a qui hora ele sai, di qui luga, i em qui dia, é pega um livro bem grosso cheio di letrinha bem  piquininha pra Le só purque o assunto dele ti enteresso... tudo isso ta dentro Du letramento Confúcia.
DC: Vixi intão eu to muito inletrada, eu num leio assim não.
DM: A perfessora disse qui não tem essi negócio di se inletrado não, tem é niver di letramento.
DC:A gora é qui a coisa cumplico qui negócio é essi di niver di letramento?
DM: E comu si letramento fosse di pedacinho, qui oce fosse agarrando duranti a sua vida .
DC: A intão a genti corta ele  im pedacinho é?
DM: Não, vo ixplica di um outro jeitu, afinar a perfessora disse qui cada um tem um jeito diferenti di aprende, i ixplica dentro Du letramento que dize explica di uma forma qui si identifiqui cum o seu dia a dia. Na tua casa tem iscada Confúcia?
Dc: Tem uma iscada qui meu marido Baguncildo fez pra subi nu galinheru. 
DM: Intão, letramento é comu essa iscada, o primeiro degrar oce já vai subindo quando nasce, quando começa a aprende arguma coisa i vai intendendo o mundu a sua vorta, a midida qui oce cumeça a Le i iscreve oce vai subindo pro otru gegrar e quandu oce vai praticandu, usandu essa leitura, oce sobe cada veis mais. Oce num é iletrada Confúcia, oce tem um certo niver di letramento qui é menor di quem tem custumi di Le i iscreve, claru. Vo ti da um exemplu: quandu percisa iscreve uma lista di compra nu mercadu oce num iscrevi? Oce num sabi o qui é mais caru i o qui é mais baratu? si percisa liga no orelhão oce num sabe também? Si percisa de pidi ajuda PA iscreve uma carta oce num sabi PA quem tem di pidi?
DC: É essas coisa eu sei faze sim
 DM: intão, pur isso qui oce tem niver di letramentu, i essa iscada qui é u letramentu, não tem fim, não é comu a escada Du galinheru Du teu maridu, ela só acaba quandu a genti morri, quantu mais a genti Le, i iscrevi,  i  usa isso no nosso dia a dia, na nossa vida, mais a genti sobi nessa iscada. Imagina qui bão seria si nossos fio gostasse di Le, aparecessi sempri im casa cum livro diferenti i, i lessi pra nóis, i isplicassi tudo direitinho pra nóis intende, nóis ia fica cada veis mais letrada, ninguém nunca que ia passa a perna in nois, pur que essi tar di letramentu transforma as pessoa.. E é pur isso qui aqui na escola dus nosso minino as perfessora queri arfebetiza i letra juntu qui qué dize...
DC: Espera espera, num percisa dize eu accho qui já intendi: arfebetiza i letra juntu é ensina a Le i iscreve dum jeitu qui faz sintido pas criança, di modu qui nossos minino tenha gosto pela leitura, qui leia pur vontadi e não só na hora da tarefa...
DM: Gostei di vê é isso mesmu confucia, afinar a sociedadi di hoji exigi qui mais qui sabe Le a criança entenda i use essa leitura, escreve pur iscreve num adianta tem qui te sintidu i  tem qui pratica sempri, E isso mesmu qui as perfessora pedi pra genti nas reunião, é PA genti incentiva os nossus fio pa Le cada veis mais, purque os livru são comu si fossi máquina di conhecimentu que nunca si acaba.
     
  
DC: Olhi Milu eu ti agradeçu pur te mi acarmadu, cum essas explicação, agora eu sei qui essi letramento não é um bixo di seti cabeça, já posso i pra reunião mais tranqüila, já to até mi achandu meio letrada, i vo cumeça a Le os livru qui minha fia leva pra casa, i quandu eu num intende eu vo i perguntu pra Ela , daqui uns tempu eu vo te subidu uns treis degrar mais u menus nessa iscada i vo te muito conhecimentu, por que por enquantu eu só subo na escada do Baguncildo mesmo,pra da cumida pras galinha. Ah! Ah! Ah!  
NARRADOR: E dona Confúcia seguiu tranqüila para reunião, sem medo de passar vergonha, afinal não existem pessoas iletradas, mas pessoas com níveis diferentes de letramento, por conta do meio em que vivem, de seu contexto social e cultural. Desejar que nossos filhos sejam alfabetizados e letrados, é mais do que desejar que aprendam a ler e escrever , é desejar que respondam as demandas sociais de leitura e escrita, é desejar que se tornem cidadãos críticos e autônomos  na busca pelo conhecimento,      
      


Relatório das Intervenções Pedagógicas e Resultados
Bolsistas: Ana Paula, Izabel e Simone

Objetivos:

Desenvolver a oralidade;
Desenvolver as habilidades de leitura;
Desenvolver as habilidades de escrita;

Situações de aprendizagem:

16/07/2013
Entregar a música “Errar é humano” (Toquinho) impressa. Fazer a leitura inicial e após cada criança fazer a leitura de uma estrofe. Apresentar o vídeo da música por meio do notebook e propor uma atividade escrita. Circular as palavras do texto entregue, que contenham a letra “r”.

06/08/2013
Devido a dificuldade diagnosticada com as sílabas complexas que incluem a letra “r”, ex.: tr, rt, br, rb, pr, rp,..., a atividade proposta foi:
Trabalhar com alfabeto móvel, palavras que contenham as sílabas/letras: tr, rt, br, Rb,... Cada bolsista irá trabalhar com uma criança ou uma dupla, para que eles mesmos possam identificar seus próprios erros e corrigi-los.

13/08/2013
Trabalhar com a história “As viagens de Gulliver”. Fazer a leitura em voz alta e após cada criança irá ler um trecho do texto. Fazer a interpretação oral.

20/08/13
Trabalhar com a história “O menino Zequinha”, contando e utilizando uma dinâmica. Logo após sugerir algumas frases para as crianças discutirem e escreverem em antônimos.

27/08/13
Trabalhar com o texto gênero carta enigmática, permitir que as crianças façam a primeira leitura e posteriormente fazem a leitura em voz alta. Propor a escrita de um bilhete em forma de carta enigmática.

03/09/13
Apresentar a história “De todas as cores” Nye Ribeiro, propor a leitura individual de cada página do livro, até finalizar a história. Ao término da leitura, fazer uma roda de conversa sobre a história. Escrever algo sobre a história em forma de carta enigmática.

10/09/13
Relembrar a aula, dar continuidade aos textos, apresentando um novo texto “A minhoca e os passarinhos “A minhoca e os passarinhos”. Fazer a leitura em voz alta, a estagiária fará esta leitura. Em seguida discutir o texto com os alunos, levantando alguns questionamentos que leve a reflexão e logo após trabalhar com interpretação de texto escrito.

17/09/13
Trabalhar com gênero textual – lista de compras, combinar com os alunos sobre a realização de uma festa de confraternização (fictícia), envolvendo as estagiárias do PIBID e os alunos do 2º ano. Nesta festa haverá cachorro-quente e suco de laranja. Propor aos alunos que elaborem uma lista de compras, com os ingredientes necessários para preparação dos alimentos.

24/09/ 13
Devido as condições do local em que a aula anterior foi realizada, não foi possível concluir a atividade, sendo assim foi necessário dar continuidade a atividade anterior. Após o término, fazer a correção da lista de compras, juntamente com os alunos.

Progressos:
Acreditamos não ser possível avaliar a todos os alunos de forma ampla, pois respeitamos as especificidades e singularidades de cada um. Porém percebemos que durante o processo de ensino-aprendizagem houve um avanço significativo na oralidade, leitura e escrita dos mesmos, tendo em vista o pouco tempo disponível para a realização das intervenções pedagógicas.

Entraves:
Em meio as intervenções nos deparamos com alguns entraves que, em alguns momentos, dificultou a ação pedagógica das estagiárias. Entre as dificuldades, a que mais se destacou foi o descomprometimento da professora regente da turma, que não cumpriu o combinado com a professora coordenadora do PIBID, com relação a reserva do local para intervenções, que deveriam ser realizadas na biblioteca. Por este motivo, os atendimentos acontecerem em diversos locais, como a sala dos professores, a sala de informática, inclusive no hall de entrada. No entanto é necessário ressaltar, que mesmo na biblioteca os atendimentos pedagógicos não eram respeitados, visto que havia um entre e sai de pessoas a todo momento, o que contribuía para dispersar a atenção das crianças.
Além destas dificuldades, percebemos a frequente falta de algumas crianças, no período das intervenções, o que prejudicou no processo de ensino-aprendizagem.

Considerações:
Poder intervir no processo de aprendizagem das crianças, foi uma experiência significativa para a nossa formação docente, tendo em vista que estas experiências nos darão suporte diante das dificuldades de aprendizagem que provavelmente iremos encontrar em algum momento da nossa vida profissional.
É importante ressaltar que para atingirmos os nossos objetivos de forma mais eficaz, seria necessário um tempo bem maior de atuação, porém dentro do espaço determinado, o progresso dos alunos foi bem significativo.

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